O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Ricardo  Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira que a Justiça Eleitoral já está  se preparando para uma possível nova consulta popular sobre o porte de  armas de fogo no país.
Segundo Lewandowski, a instituição tem condições para fazer o plebiscito  ainda este ano, mas precisaria de pelo menos seis meses e um acréscimo  orçamentário para tal. 
 O TSE estima que o custo da consulta popular seria em torno de R$ 300  milhões. 
 "As urnas já estão distribuídas pelo país todo em função das eleições  gerais de 2010. Precisamos preparar os programas dependendo do tipo de  consulta que vier, lacrar as urnas, que é um processo solene e formal,  depois convocar os mesário e treiná-los", disse o ministro. 
 A discussão sobre o desarmamento voltou com força no Brasil após o massacre  de 12 estudantes em Realengo, na zona oeste do Rio, na última  quinta-feira (7). 
 O ministro se disse pessoalmente favorável ao "desarmamento total dos  cidadãos" e afirmou que o fato de já ter havido outra consulta popular  sobre o mesmo tema não é um problema. 
 "A democracia permite que se faça tantas consultas à população quanto  forem necessárias se mudar a situação fática. Precisa ver qual é a  justificativa que o congresso apresentará", afirmou. 
 "[O Congresso deve dizer] que houve um fato novo essa questão de  Realengo, certamente irá mostrar estatísticas sobre o aumento dos crimes  praticados com armas de fogo. São fatos novos que não foram cogitados  na consulta popular anterior que permitem, em tese, que a população seja  novamente convocada para se manifestar sobre o tema", concluiu  Lewandowski. 
 Ontem, o Senado decidiu propor  oficialmente a realização deste plebiscito. Com o apoio dos líderes  partidários, o presidente José Sarney (PMDB-AP) apresentou projeto de  decreto legislativo que determina a realização de plebiscito no primeiro  domingo de outubro deste ano para que os brasileiros respondam à  pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no  Brasil?". 
 O novo referendo não conta com o apoio  do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) e sua possibilidade já foi criticada  pelo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). 
Fonte: Folha.com 

 
 
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