Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do  Senado aprovou ontem proposta que acaba com o sistema de voto proporcional para  deputados e vereadores. Em seu lugar, o voto majoritário – com o qual são  eleitos os senadores e os candidatos a cargos no Executivo, como prefeitos,  governadores e presidente – seria o modo usado na escolha de todos os candidatos  a cargos no Legislativo.
Os deputados estaduais e federais e vereadores eleitos seriam sempre, então,  aqueles que viessem a obter maior número de votos, independente do desempenho  global de seus partidos, defende a proposta de emenda à Constituição (PEC  54/07), do senador Francisco Dornelles (PP-RJ).
A PEC segue para o Plenário do Senado, onde precisa ser votada em dois  turnos. Depois, para vigorar, o texto também precisa da aprovação da Câmara de  Deputados. Mesmo que seja aprovada este ano, a medida não valeria para as  eleições de outubro.
Dornelles argumentou que a aplicação do novo sistema, no lugar da eleição  proporcional, evitará a ocorrência de situações “paradoxais” hoje comuns: a  eleição de candidatos com poucos votos, na esteira de colegas do mesmo partido  ou coligação que foram bem votados, deixando de fora candidatos bem votados.
Na escolha proporcional, adota-se um sistema de divisão de votos entre  partidos e vagas. Para isso, os votos válidos em cada pleito são somados para a  apuração do quociente eleitoral que determina o total de cadeiras a que cada  partido ou coligação tem direito.
 
 
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